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Archive for junho \12\America/Recife 2011

Na morada nova, o olhar se assenta lânguido pelos azulejos claros, enquanto pregos procuram paredes, querendo provocar corpo e identidade.

Rodapé florido de livros e discos, disso que infinitamente alimenta espíritos. Tapete é retalho de lençol: aquele, das camas de outrora. Presente-baú divide o espaço pequeno de abrigar inquietude e sossego a um só tempo, de um gole, Só. Silêncio respeitoso pra ouvir Belchior e Baleiro dizerem de corações selvagens, disritmias, noites e quintais.

Hoje, na morada minha, amor que ja se erguia imenso (e egoísta), agora mais feliz pela palavra de um poeta que pré-sente vida n’almalheia. Imensa.

Gracias, Sandoval Fagundes.

Laurita Dias

Vigília

a insônia sabatina a noite

sobre a solidão dos não morados

pergunta-lhes sobre o sentido da vida

exposto no tapete azul do silêncio

Sandoval Fagundes, sábado, 11 de junho de 2011

23:58:54

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